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Novo frigorífico da Frimesa entra em operação em março

Na primeira etapa, a capacidade de operação da indústria deverá chegar a 3,7 mil suínos por dia

Publicado em 23/01/2023 às 15:09
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Com mais esta planta, a Frimesa se coloca como a quarta maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos (Foto: Aria Dias/AEN)

A maior indústria de processamento de carne suína da América Latina foi inaugurada no último dia 13 de dezembro, na cidade de Assis Chateaubriand. O empreendimento é de propriedade da central Frimesa, constituída pelas cooperativas agroindustriais Copagril, Lar, C.Vale, Copacol e Primato. A obra levou três anos para ser totalmente construída e envolveu 200 empresas parceiras.

O tamanho do projeto pode ser medido pelo valor investido na planta industrial: R$ 1,3 bilhão. A gigantesca indústria vai gerar 8,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos e aproximadamente R$ 600 milhões em impostos, com faturamento previsto de R$ 5,7 bilhões.

Ainda que todas as instalações estejam concluídas, a operação na nova indústria deve iniciar somente em março próximo. É necessária a conclusão de ajustes nos equipamentos adquiridos.

Com a nova indústria, a Frimesa pretende triplicar a produção de suínos nas cooperativas filiadas. Outro aspecto considerado é que a nova estrutura permitirá a diminuição das distâncias percorridas pelos animais a serem levados para o abate, com a consequente diminuição dos custos de transportes.

Na primeira etapa, a capacidade de operação da indústria deverá chegar a 3,7 mil suínos por dia. Já na segunda etapa, que deve acontecer entre 2026 e 2028, serão abatidos 7.880 animais por dia, o que perfaz uma média de 550 por hora, alcançando 1,8 mil tonelada/dia. Para 2032 o objetivo é fazer com que este número suba para 15 mil suínos processados por dia.

Planejamento das etapas de operação:

1ª etapa entre 2023 e 2025: 3,7 mil cabeças/dia

2ª etapa entre 2026 e 2028: 7,8 mil cabeças/dia

3ª etapa entre 2029 e 2031: 11 mil cabeças/dia

4ª etapa no ano de 2032: 15 mil cabeças/dia

O diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella, destacou, por ocasião da solenidade de inauguração, o complexo industrial. “Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira e Palotina. À medida que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand”, enalteceu.

Ainda que o foco de ação da Frimesa seja o mercado nacional, já começam a despontar, também, as exportações. “Nos últimos anos cresceu de 5% para 25% a quantidade de vendas que a Frimesa promoveu para o exterior”, ressaltou Vanzella.

Padrão mundial

Alguns aspectos relevantes nos novos padrões mundiais para plantas frigoríficas foram implantados na unidade, como a priorização pela produção mais sustentável. O frigorífico possui sistema de aproveitamento de águas e eficiência energética. Serão utilizadas soluções para garantir o bem-estar e diminuir o estresse animal. E será a primeira planta industrial de suínos do Brasil a utilizar biometano na flambagem dos suínos.

Com mais esta planta, a Frimesa se coloca como a quarta maior empresa paranaense de abate e processamento de suínos.

Produtividade com qualidade

O diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial Copagril, Ricardo Silvio Chapla, lembrou que quando o frigorífico foi planejado não se vivia uma crise da suinocultura. “Mesmo assim, o projeto foi executado e concluído. A Copagril tem sua participação na Frimesa e continuará a suprir parte da produção necessária de suínos”, afirmou.

Conforme Ricardo, o setor vive um momento de instabilidade, o que, na opinião dele, força maiores desafios para a cooperativa. “Temos que equilibrar a balança dos custos com os resultados. Como cooperativa, vamos atuar para que o suinocultor seja fortalecido, mas sem jamais colocar em risco a integridade financeira da Copagril”, frisou.

Diante do quadro, o diretor-presidente defende ajustes e readequações. “O modelo da Copagril é um tanto quanto diferente das demais cooperativas parceiras e precisamos de adaptações. Não há dúvida que o melhor caminho é a produtividade com qualidade, e é isso o que precisamos levar para os nossos associados”, concluiu.

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