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Investigação

Polícia Civil desconstrói versão de empresário que matou funcionário em MCR

No começo do mês, um empresário rondonense, teria sacado sua arma de fogo e, em alegação de legítima defesa, efetuado dois disparos contra o empregado

Publicado em 15/07/2021 às 05:00
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(Foto: Reprodução câmera de segurança)

O episódio envolvendo um patrão e um empregado – que acabou morrendo depois de baleado – em Marechal Cândido Rondon, ocorrido recentemente, teve um novo capítulo nesta quinta-feira (15).

No dia 1º de julho, um empresário rondonense, após discussão com um funcionário, teria sacado sua arma de fogo e, em alegação de legítima defesa, efetuado dois disparos contra o empregado, que faleceu minutos depois.

Tal empresário se entregou à Polícia Militar horas depois do ocorrido, sendo conduzindo à delegacia posteriormente, onde foi lavrado o flagrante por homicídio qualificado. Na audiência de custódia, como não haviam elementos suficientes para entender como se deu toda a situação, foi imposta medidas cautelares e restrições.

Com o avanço das investigações, a Polícia Civil conseguiu desvendar a dinâmica dos fatos, a partir de oitivas de testemunhas e recuperação de imagens, constatando que a legítima defesa alegada pelo empresário não estava configurada.

Conforme a Polícia Civil (PC), foi possível provar uma fraude processual, uma vez que o autor se apresentou à polícia com lesões que não seriam decorrentes do fato, mas, sim, segundo aponta a PC, provocadas posteriormente.

Diante dos fatos, o Ministério Público local representou pela prisão preventiva do empresário, a qual foi ordenada pelo juiz. Desta forma, na manhã de hoje foi cumprido mandado de prisão contra o rondonense.

O inquérito policial foi finalizado e enviado ao Fórum com indiciamento e preso está à disposição da Justiça.

Versão desconstruída

De acordo com o delegado Rodrigo Batista Santos, o inquérito vem transcorrendo há duas semanas, desde a lavratura do flagrante. “Foram colhidas as primeiras informações e ele alegava legítima defesa. Durante as investigações, conseguimos desconstruir todo esse cenário montado por ele, no qual alegava lesões, escoriações e roupas cortadas. E com a oitiva de testemunhas, produção de relatórios e recuperação de imagens de câmeras de segurança foi possível comprovar que o soco que ele teria tomado não lhe causou nenhuma lesão e o decorrer, com os disparos e ao final ele cortando sua roupa, comprovou o homicídio qualificado e também a fraude processual”, comenta.

O inquérito policial, segundo o delegado, já foi concluído e enviado ao Judiciário. “O Ministério Público local o denunciou, representando por essa prisão preventiva que o juiz local decretou, a qual foi cumprida pela Polícia Civil na manhã de hoje. O preso encontra-se à disposição da Justiça e o processo tramitará diretamente no Fórum”, expõe.

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